A mais recente etapa da marcha da insensatez promovida pelo Supremo Tribunal Federal para transformar o tumulto de 8 de janeiro de 2023 em uma tentativa de golpe de Estado terminou em outra Ópera do Absurdo. “Foi ouvida em juízo, enfim, a testemunha-estrela da acusação, o célebre coronel Mauro Cid, e invocada a sua única prova material, as também célebres ‘minutas do golpe’”, registra J.R. Guzzo no artigo de capa desta edição. “O coronel negou, em todas as perguntas que lhe foram feitas, que tenha havido tentativa de golpe e que Bolsonaro tenha participado de algo que não aconteceu. Quanto às minutas, a única coisa que se provou é que elas não existem.”
Guzzo evoca a espantosa minutagem feita pelo advogado Jeffrey Chiquini: em 2 horas e 27 minutos de depoimento, Cid respondeu “não sei” 982 vezes. No Brasil de hoje, provas são irrelevantes. Predomina a fantasia. O mesmo Supremo que promoveu batom a “substância inflamável” e transformou estilingue em arma pode muito bem decretar que quebra-quebra foi realmente um golpe. “Os ministros terão de assumir perante o mundo que estão condenando os acusados sem ter uma única prova que possa ser levada a sério num tribunal civilizado”, observa Guzzo.
O texto de Guzzo é complementado por Silvio Navarro, que acompanhou os depoimentos dos demais acusados. “O interrogatório de Jair Bolsonaro frustrou grande parte da imprensa que apoia o consórcio de poder STF-PT e os próprios políticos de esquerda”, afirma Navarro. “Eles esperavam um embate duro entre o ex-presidente e Moraes, o que não aconteceu.” O que restou dessa etapa, segundo Navarro, é o retrato de um tribunal sem juízes, com um procurador deslocado e um delator sem memória. “Infelizmente, todos eles estão decidindo o futuro de muita gente, a maioria anônima, acusada de um crime impossível.”
Encerrado o julgamento do chamado “núcleo crucial da organização criminosa”, os ministros fecharam a semana com outra aberração: aprovaram a censura prévia ao derrubarem o artigo 19 do Marco Civil da Internet. A partir de agora, big techs podem ser processadas por postagens de terceiros sem necessidade de ordem judicial. Alexandre Garcia resume as consequências da decisão para o regime democrático: “É impossível defender a democracia sem respeitar as liberdades e o devido processo legal. A liberdade de expressão é o cerne da democracia; a censura é a cara do arbítrio, da tirania”.
Enquanto isso, do outro lado do mundo, uma brasileira luta sozinha por Justiça. Karin Aranha foi vítima do “golpe do noivo” — crime cada vez mais comum, como mostra a reportagem de Edilson Salgueiro. Três anos depois do casamento, o marido de Karin, que é egípcio, fugiu levando o filho do casal para seu país. Desde então, ela implora ajuda ao Itamaraty, ao Ministério da Justiça, à Polícia Federal e ao presidente Lula. Nada. Todos estão ocupados demais censurando redes sociais e caçando golpistas imaginários.
Boa leitura.
Branca Nunes,
Diretora de Redação

De tudo que li, o mais impactante foi a análise objetiva e verdadeira do Guzzo, de 4 “juízes” que fazem esse pseudo julgamento do golpe, o famoso Simão Bacamarte, o dinossauro, o advogado do ladrão, a mosca morta do Bento Carneiro. Só o indicado pelo José Dirceu que parece ter tido algum rampante de lucidez, embora sem resultado nenhum. Bolsonaro e os demais serão condenados, só um reação vinda de fora do pais poderá, dar alguma esperança a esse povo omisso e alienado do chamado Brasil.
Mais uma bela edição.
Desejo toda sorte à Oeste na nova empreitada rumo à TV a cabo.
Não existe nenhuma prova ,portanto absolvido os réus !
Não existe nenhuma prova ,portanto absolvido os réus !
Prendam esses bandidos ladrões comunistas terroristas narcotraficantes genocidas do governo e da justiça